O desenvolvimento da contabilidade sempre esteve associado à evolução da humanidade, ao progresso das organizações, às novas formas de negócios e ao aprimoramento das relações comerciais. Sendo assim, o trabalho do contabilista sempre esteve associado – e sempre estará – às demandas da sociedade, de acordo com a evolução natural advinda do aperfeiçoamento dos negócios empresariais.
No passado, a preocupação dos profissionais brasileiros de contabilidade centrou-se em quatro fatores preponderantes: 1) o ensino comercial; 2) a escrituração mercantil; 3) a padronização das informações contábeis; 4) a regulamentação da profissão, com a conseqüente criação do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Contabilidade.
Hoje, a formação é condição sine qua non, pois o mundo dos negócios está em constante mutação e exige o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais. Da mesma forma, o compromisso ético é de fundamental importância na relação dos profissionais com seus clientes e usuários, pois determina a confiança no contabilista e sua credibilidade. Ao mesmo tempo, a tendência em atender às normas fiscais em detrimento das normas contábeis e a ausência de maior envolvimento no processo de gestão contribuem para os profissionais da contabilidade não usufruam do reconhecimento da importância de sua ciência para as empresas.
O profissional de sucesso no século XXI será o que acompanhar a evolução das relações de negócios, provocada pela abertura de mercados e o avanço da globalização. Será aquele capaz de aliar-se ao contínuo desenvolvimento da Tecnologia da Informação e dos processos de comunicação, para tornar a atividade empresarial mais dinâmica, oferecendo respostas rápidas e úteis ao processo de tomada de decisões. Tornar-se um consultor é fundamental, oferecendo o suporte necessário à gestão com controles internos e informações estruturadas para cada usuário, permitindo visualizar as operações de qualquer organização de maneira simples, objetiva e de fácil entendimento.
Porém, percebe-se que no Brasil, enfatizam-se as informações repassadas aos usuários externos (fisco, instituições financeiras, fornecedores e outros) em detrimento do usuário interno, que é quem garante o futuro da organização. Nos Estados Unidos, segundo a Intermanager New (Revista HSM de 10/06/2005), a contabilidade é vista como imprescindível na vida empresarial, reconhecida como um instrumento básico de gestão, vinculado à ética e capaz de atender à complexidade da administração pública, das grandes corporações e de qualquer organização empresarial.
Neste sentido, é de fundamental importância fazer um comparativo entre o que se esperava ontem do profissional de contabilidade, aquilo que lhe é exigido hoje e as demandas do futuro sobre sua atividade:
Ontem Hoje Amanhã
Baixa competitividade Competitivo Alta competitividade
Comércio tradicional Relações comerciais complexas Globalização/desregulamentação
Ênfase na escrituração Ênfase no registro Ênfase nos negócios
Ensino comercial Ensino técnico Ensino de gestão
Busca pela padronização Padronização legal Adaptada aos negócios
Pouco envolvimento nos negócios Acompanhamento da gestão Proposição de soluções
Baixa complexidade das operações Operações complexas Operações virtuais
Não utilização da TI Uso intensivo da TI Business Inteligence
Luta pelo reconhecimento Profissão reconhecida Profissão fundamental
Portanto, a contabilidade proporciona alternativas que poucas profissões oferecem. É uma atividade moderna e necessária; utilizando em larga escala a Tecnologia da Informação, agiliza e simplifica processos; o conhecimento do profissional é indispensável às interpretações dos negócios. Para isso é preciso primar pela ética, seriedade e comprometimento com seus clientes e usuários; perceber as demandas da sociedade e atendê-las de forma ágil, simples, objetiva e com visão dos negócios.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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