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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Caduceu: O Símbolo da Profissão Contábil





O CADUCEU é formado por um bastão no sentido vertical, com duas serpentes pequenas entrelaçadas, tendo na parte superior duas asas e um elmo alado.

O bastão – figuração de um ramo vigoroso de loureiro, planta mística que, segundo gregos, protegia os lares, pois, os raios não atingiam, jamais, tal planta, alem de ter a mesma, raras virtudes medicinais e um odor apreciativo. O louro gerava as coroas que encimavam a cabeça dos heróis. A famosa coroa de louros era o símbolo do vitorioso, adí a importância da figuração.
Outra versão – o bastão seria de ouro, e tinha servido para tanger o gado de Apolo, sendo a origem do próprio negócio do caduceu (são naturais, nas narrativas mitológicas, as divergências).
Aplicação – representa o poder de quem conhece a ciência contábil – é a espinha dorsal do curso de Ciências Contábeis, em que são aplicadas as matérias de formação profissional; específica, objetivando a capacitação para o exercício da profissão.
As serpentes – representam o curso da energia no corpo humano, na mesma direção que se postam as serpentes, a energia termina na cabeça, sede de toda a concentração vital.
Outra versão – simbolizam a sabedoria, pelo que estão entrelaçadas para demonstrar o elo entre os atributos de natureza humana, social e profissional.
Aplicação – representam a integração das matérias e atividades de formação profissional básica, específica e complementar.
As asas – saem do ramo de loureiro, simbolizando a velocidade do deus Mercúrio, No Caduceu estão inseridas no capacete. Em outras figuras, nos calcanhares de Mercúrio.
Outra versão – as assas figuram a presteza, a solicitude, a dedicação e o cuidado ao exercer a profissão.
Aplicação – entre os atributos de natureza humanística e social estão o estudo da língua pátria, as relações humanas, as noções de ciências sociais e de direito, assim como a versatilidade da realisade brasileira na era da globalização.
O elmo – como Mercúrio era o deus mais ocupado, o que mais encargos possuía, por sua extrema habilidade e variados poderes, possuía um capacete, também chamado pétaso, que o tornava invisível ou lhe permitia avaliar atitudes e exercer controles, com extremos poderes, sobre a ação de todos.
Outra versão – uma peça de armadura antiga, o qual cobria a cabeça, com a finalidade de protegê-la.
Aplicação – está representado, dentro do currículo pleno do curso de Ciências Contábeis, pela ética geral e profissional.
Nesse contexto, Hermes para os gregos, Mercúrio para os romanos, o filho de Júpiter, o mais importante dos deuses, tinha a ele confiada a gestão da riqueza. Protegia o tráfego, os comerciantes, os pastores (de gado) e aqueles que, não possuindo recursos, pilhavam os mais ricos.

Os romanos faziam festas a Mercúrio. Entre os dias da semana, a 4ª feira passou a ser o dia de Mercúrio, pois do italiano temos Mercoledi, e do espanhol temos Miércoles.
Desde a infância Mercúrio era um gênio, mas só como adulto se tornou possuidor do Caduceu, permitindo-lhe participar de muitos feitos que fazem dele um personagem ímpar nas narrações mitológicas, permitindo aos literatos romanos muito imaginar sobre ele.
No tocante ao ensino das Ciências Contábeis temos que o curso é voltado à instrumentalização do bacharel, a formação global, o ajustamento às características do mercado de trabalho regional, mediante o estudo de matérias eletivas, como a contabilidade comercial, empresarial e a tributária, inseridas, aí, a competência teórico-prática e a atualização tecnológica.
Assim, a formação acadêmica e profissional do aluno inclui o estudo e prática das funções de planejamento, controle, registro, divulgação e avaliação dos fenômenos da administração econômica e financeira, voltado ao quadro geral do patrimônio, do fluxo das transações, da produção e da renda, com vista a alicerçar a tomada de decisões dos empresários.
O curso de Ciências Contábeis tem, dentro da atual LDB, no trabalho de pesquisa e investigação científica, a finalidade de desenvolver o entendimento do homem e do meio em que este vive.
A divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos se dá pela comunicação, por meio de palestras, e/ou através de publicações.
O patrimônio cultural do profissional contábil é representado pelo CADUCEU, no qual a graduação é o bastão, as extensão são as serpentes, a pesquisa são as asas e a comunicação é o elmo.
Por que Mercúrio e Caduceu?
Pelo que conhecemos deste personagem e deste símbolo, podemos admitir que os Contadores tomaram tal simbologia porque:
• Nossa missão é divina, como guardiães de riquezas que visam suprir a necessidade dos homens;
• Assumimos o papel de protetores, através da informação ágil e da interpretação da mesma;
• Não vivemos nas evidências das manchetes, mas, no quase anonimato: de tudo tomamos conhecimento e em todas as partes;
• Conseguimos controlar todo comportamento das gestões através de nossos métodos, assim como Mercúrio que, com seu capacete que o tornava invisível, controlava as ações dos homens;
• Utilizamos em alta dose os recursos mentais e intelectuais para dominar uma ciência complexa, pelo uso da razão;
• Estaremos muito ocupados se com proficiência exercermos a profissão, pois as tarefas mais sigilosas da administração nos são confiadas;
• A velocidade com que ocorrem os fatos e mudanças na vida das empresas e instituições, requer, de nossa parte, presença, agilidade e vitalidade, tal como o Caduceu garantia a Mercúrio como arauto dos deuses, assim nós com nossas qualidades ante as demais profissões.
Em suma: a mitologia é resultado de muita imaginação e crenças, os símbolos encerram idéias e as representam, valendo "mais que cem palavras", por isso cada profissão tem idealizado um símbolo que a identifique, e a profissão contábil tem Mercúrio e o Caduceu. Resta aos profissionais respeitar e fazer respeitar o símbolo de sua profissão, se quiserem ser respeitados

História da Contabilidade

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje